A literatura tem de ser um gatinho fofo?
Literatura
Ana Bárbara Pedrosa

A literatura tem de ser um gatinho fofo?

De repente, o maior perigo que a literatura tem é o de ofender. Noutros tempos, temia-se que não servisse para nada – não no sentido de não ser funcional, instrumental, numa sociedade, mas no de poder não criar impacto. Escrever e não criar um baque, eis o que aterrorizava quem se dedicava à incompreensível mania de inventar histórias. Mas então chegou o século XXI, e com ele, em simultâneo, o medo das palavras e o

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Marialvas ou Libertinos?
Literatura
Ana Bárbara Pedrosa

Pessoa – a Primeira ou a Terceira

A escolha da voz deve ser o maior desafio de quem se prepara para mergulhar numa narrativa longa. Ali, está grande parte do que o romance poderá vir a ser: a primeira pessoa é tecnicamente mais fácil, a terceira mais desafiante; a primeira é mais íntima, a terceira mais abrangente. Quem escreve na terceira pessoa pode pôr o narrador com rasgos aleatórios sem ter de os explicar. Pode surgir a palavra «sinalagmático», pode aparecer uma

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A Auto-Ficção Irrita-me
Literatura
Ana Bárbara Pedrosa

A Auto-Ficção Irrita-me

Não gosto de auto-ficção. Irrita-me a manipulação descarada, ter de pesar demasiadas coisas em conflito. Até assumo que dê jeito que alguém se ofereça à radiografia, que se alcance uma aparente versão destilada da experiência humana. Quem nunca olhou para outro a querer ler o que tinha dentro que atire uma pedra. Eu, se o fizesse sempre, teria de começar um tiroteio de calhaus. O problema é nunca poder desligar-me do x-acto que limita o

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A literatura tem de ser um gatinho fofo?

A literatura tem de ser um gatinho fofo?

De repente, o maior perigo que a literatura tem é o de ofender. Noutros tempos, temia-se que não servisse para nada – não no sentido de não ser funcional, instrumental, numa sociedade, mas no de poder não criar impacto. Escrever e não criar um baque, eis o que aterrorizava quem

Marialvas ou Libertinos?

Pessoa – a Primeira ou a Terceira

A escolha da voz deve ser o maior desafio de quem se prepara para mergulhar numa narrativa longa. Ali, está grande parte do que o romance poderá vir a ser: a primeira pessoa é tecnicamente mais fácil, a terceira mais desafiante; a primeira é mais íntima, a terceira mais abrangente.

A Auto-Ficção Irrita-me

A Auto-Ficção Irrita-me

Não gosto de auto-ficção. Irrita-me a manipulação descarada, ter de pesar demasiadas coisas em conflito. Até assumo que dê jeito que alguém se ofereça à radiografia, que se alcance uma aparente versão destilada da experiência humana. Quem nunca olhou para outro a querer ler o que tinha dentro que atire