

A literatura tem de ser um gatinho fofo?
De repente, o maior perigo que a literatura tem é o de ofender. Noutros tempos, temia-se que não servisse para nada – não no sentido de não ser funcional, instrumental, numa sociedade, mas no de poder não criar impacto. Escrever e não criar um baque, eis o que aterrorizava quem se dedicava à incompreensível mania de inventar histórias. Mas então chegou o século XXI, e com ele, em simultâneo, o medo das palavras e o