

A mais trágica e bela estação
1. Fim de junho, a camioneta dá entrada na gare de Campanhã, os motores desligam enquanto atendo o telemóvel. É o número da minha mãe, mas surpreende a voz do senhor Manel. “A mãe caiu no corredor do prédio”, ouço os uivos de dor por detrás da voz sóbria do porteiro. Uns dias antes, a voz era a da própria a contar, orgulhosa, das caminhadas com amigas pelas belezas frondosas das ilhas Flores e Corvo,